sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Cheiro de coisa nova no ar...

O novo ano se aproximando cada vez mais e trazendo consigo novas perspectivas em todo e qualquer sentido. Hora de prometer como se fez no ano passado, e botar como meta principal, o cumprimento de todas essas promessas. A questão é que falar é muito fácil, mas ninguém segue à risca o que planejou pra si. Fazer regime, arranjar um novo amor, ganhar muito dinheiro e se afastar de tudo que faz mal são as principais idéias inefáveis que aparecem. Só que com a correria ninguém se lembra do que havia prometido, e quando chega mais um fim de ano torna a pedir tudo novamente. É como o ciclo vital para a vida: prometer não cumprir, não cumprir prometer. E por mais que seja uma coisa difícil de admitir a vida existe e também é bonita. A parte boa disso tudo é que ela se renova. O recomeçar é doloroso, é justo e necessário investigar novas verdades, adequar novos valores e conceitos. Nada de ficar correndo atrás de mandingas, elas não ajudam, a mudança parte de quem corre atrás dela. Que esse novo ano seja continuação maravilhosa de tentativas. Para você desejo muita luz e fé, o que é indispensável para ter alegria e integridade. Não seja muito doce, para não juntar formigas e nem muito amarga para não afastar as pessoas. Nunca seja verde demais, nem muito maduro também, para não ser chato. O equilíbrio existe, e esse é outro desejo meu pra você.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Aahn dois mil e dez...

Você até que não foi um ano tão ruim assim, e botando na balança tudo o que aconteceu aparecem mais coisas boas que ruins. Eu conheci tanta gente e criei vínculos de amizades que me fizeram e me fazem feliz, viajei em pensamentos pra escrever qualquer bobagem e continuo viva. O tempo passa muito depressa, e eu ainda lembro o que planejava pra esse ano, mas agora em minha mente conturbada só restam as lembranças das palavras. Eu estou muito feliz por fechar mais um capítulo desse livro da minha vida, tão comercializada. Uma vez uma pessoa perguntou pra mim porque eu era anti-social e não via graça em estar sempre rodeada de pessoas, na hora eu não pensei em nada, só ri. E agora, sentada nesse quarto escuro percebi qual é o meu não problema. Bom, eu prefiro ficar só porque minhas idéias conseguem fluir, e a minha imaginação age melhor diante de lugares inóspitos, despovoados e incompreensíveis. Quanto a estar sempre rodeada de pessoas, é uma coisa maléfica para minha saúde e mente, porque veja bem, o que vai adiantar eu estar rodeada de falsidade e mentira? Eu vou continuar solta na solidão. Ou seja, eu acho melhor estar só por estar só mesmo. A solidão com pessoas é mais dura. Com milhares de experiências errantes acho melhor começar a preparar o terreno para o ano que vem. Que deverá vir com muita luz, porque o sol brilha por si, açaí.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cássia Rejane Eller


O rugido do mar. A rocha. A lambida da fera. A guitarra. O raio surdo antes do trovão. A Faísca que escapa do fio. Tudo ali no canto de Cássia Eller. A Brasa do cigarro brilhando na tragada, com a intensidade do que não dura, como a nota; sílaba! Tudo sob controle sobre descontrole sob controle. Sua voz parece um corpo material, de carne e osso e músculo e sexo. Um corpo opaco, massa compacta de graves e agudos soando juntos como um soco, um trago, uma onda de éter na cabeça. Como pode isso emocionar assim?
                 (Arnaldo Antunes)

Para mais uma vez deleitar-me com a gravidade do tom da sua voz, sentir o arrepio na espinha com a profundidade das letras. Porque heroi que é heroi não morre jamais.
(...) Os magnatas tentaram comprá-la. Construíram impérios, amealharam fortunas, compraram jóias. Mas a felicidade os deixou perplexos, pois ela jamais se deixou vender, e lhes disse: "O sentido da vida se encontra num mercado onde não se usa dinheiro!" Por isso há miseráveis que moram em palácios e ricos que moram em casebres. (...)

De Augusto Cury. Você é insubistituível, Pág.: 14

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Ah, pequeno natal!


"(...)Amanhã a meia-noite volto a nascer. Você também. Que seja suave, perfumado nosso parto entre ervas na manjedoura. Que sejamos doces com nossa mãe Gaia, que anda morrendo de morte matada por nós. Façamos um brinde a todas as coisas que o Senhor pôs na Terra para o nosso deleite e terror. Brindemos à Vida – talvez seja esse o nome daquele cara e não o que você imaginou. Embora sejam iguais. Sinônimos, indissociáveis. Feliz, feliz Natal. Merecemos(...)"


De Caio Fernando Abreu. O Estado de São Paulo, 24/12/1995. Mais uma Carta para Além dos Muros - Pequenas Epifanias.

Mel, girassóis e um natal muito doce pra todos vocês.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O que é uma Mandala?



A palavra MANDALA se originou a partir de uma liguagem clássica indiana do sânscrito.

Em muitas culturas é traduzida como significado de CÍRCULO, porém uma mandala é muito mais do que uma simples forma. Ela representa plenitude, e pode ser visto como um modelo para a estrutura organizacional da própria vida.
É um diagrama cósmico que nos recorda a nossa relação com o infinito, o mundo que se estende para além da nossa existência e ao mesmo tempo, para dentro dos nossos corpos e mentes. Descrevendo tantos aspectos materiais, morais e a realidade, a mandala aparece em todos os aspectos da vida: Os círculos celestes que chamamos terra, sol e lua, bem ou mal, como de forma conceitual nos círculos de amigos, família e da comunidade.

A conscienlização da mandala têm o potencial de mudar a forma como vemos a nós mesmos, nosso planeta, e talvez até mesmo a finalidade que damos à nossa própria vida.

Mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mandala

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

No mais, sem analogias.

Eu sou as músicas que ouço, os programas que assisto, as reportagens que leio, os filmes que vi, os muitos livros que já li, eu sou as pessoas que eu amo, sou meus amigos, sou as histórias que escrevo, sou cruzeiro, sou minha família, sou as pessoas que não gosto, as que admiro e as que mal conheço, sou as bandas que curto e as letras dela, sou as pessoas que vejo todo dia e as que vejo só as vezes, sou os livros que ri e chorei, os filmes que chorei e ri, as pessoas que me ensinaram muita coisa e sumiram, as que ainda me ensinam e estão do meu lado. Sou o certo o errado, o frio ou o quente, nunca o talvez ou o morno. Sou a Hora da Estrela, Los Angeles, Melancia, Canção na voz do fogo, Uma bebida e um amor sem gelo, A menina que roubava livros, O que toda mulher inteligente deve saber, Dona flor e seus dois maridos, Anjos e Demônios, Ágape, CFA, sou minha mãe e também o meu pai, sou minha maior paixão, sou Marian Keyes, Clarice Lispector, Jorge Amado, e porque não Hitler, sou Charlie Brown Jr., Janis Joplin, Nando Reis, Ana Carolina, Cássia Eller, Legião Urbana, Engenheiros, Raul Seixas, e sou também a Marina.
Sou uma em cada uma, uma pro frio, pra raiva, pro sol, uma pra felicidade e pra tristeza, uma pra cada coisa, e você só vai saber realmente quem eu sou e poder me julgar quando conhecer sentir e gostar de exatamente cada coisa que eu conheço gosto ou sinto, nem mais nem menos, exatamente. Não sou o que você vê, e sim o que você sente.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Tinindo, trincando.

Primeiro dia de verão, no calendário pelo menos. As últimas flores desabrocham e as últimas lagartas saem do casulo para mais uma vez voarem. Leves e livres borboletas enfrentando assim mais um ciclo curto, vinte e quatro horas pra ser mais exata. Decido escrever alguma coisa, mas não consigo pensar em nada. Quando um velho me disse que a inspiração vem quando agente menos espera eu não levei muita fé, desacreditada então eu parti para escrever algo, mas como disse nada sai de mim nesse momento. As disparidades das palavras me dão leves enjôos, e eu decido parar. Acuada deito na cama, uma lágrima rola pelo meu rosto, secando antes mesmo de tocar-me os lábios. Eu não consigo entender o motivo, mas me parece que ando tão vazia de tudo... De amor, dor, verbos, adjetivos e palavrões. Fecho os olhos para não pensar nisso, o calor abafante parece querer me engolir e me impede de descansar, por fim adormeço. Começo a sonhar com alguma coisa que não dá pra definir e acordo. Suando e trêmula, pego uma folha e rabisco, rabisco, ponto vírgula, travessão. Enfim fico feliz, o que quis falar não tem ponto fixo e essa contradição é a minha lei. Sempre aparece um abismo escuro, mais conhecido como futuro e me leva a ter breves alucinações. Adentrando a madrugada, sozinha com o meu eu qualquer barulhinho já faz meu coração quase sair pela boca. Talvez o medo de que o ciclo seja abruptamente acabado me causa insônia. E eu choro desesperadamente sem motivo, só pra desocupar o espaço inanimado que acumula sentimentos. Quando vejo que apenas chorar não me basta peço a Deus uma luz, pode até ser luz de velas. Pra confirmar a minha solidão pego um cálice de vinho, e aguerrida tomo um, dois, três goles pra finalmente parar de me lamentar, ou começar não sei. Outro dia eu observava com pesar o cair das folhas no outono e agora eu caio em mim, só pra não sei o quê. Não precisa motivos, porque nem eles são capazes de explicar o quão é difícil administrar o que se pensa, tinindo e trincando eu estou, pra mais uma vez chegar ao ápice e me jogar de lá, aqui jazz alguém que não descobriu o que era e ficou feliz por isso. Mas a procura não terminou, tudo tem seu lado ruim.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Reiniciando o reiniciado

Agora que comecei a ver os enfeites de natal, paro pra pensar o que fiz desde o último. Mas são muitas coisas e algumas, não surpreendentemente desconexas.
Bom, pra começar eu fui pra escola viver um dos momentos mais felizes da minha vida, com pessoas que eu adoro. E foi muito bom aprender a ensiná-las coisas boas e ruins. Conheci e reconheci pessoas maravilhosas. Umas que nunca estiveram comigo, outras que se afastaram, mas voltaram assim nunca se afastando de modo real. Aprendi que a verdadeira essência nós carregamos e não é necessário ninguém para completá-la, ela não vem, nunca na verdade, vem pela metade. Quando agente está em companhia uns dos outros é só mais confortável (e põe confortável nisso). Fiz coisas que vinha imaginando fazer, aprendi palavras novas e posso até arriscar certo inglês ou italiano. Então descubro, ou melhor, percebo que a vida não só minha como a dos outros não tem ponto final, mas reticências. Garantindo assim que possamos deixar que os outros imaginem o resto, com ou sem piedade. O que prometi cumprir não foi cumprido, não por preguiça, ou talvez até mesmo por ela. Repensei ideias que estavam na linha tênue da sã consciência, pra não me aborrecer com o que a primeiro instante não deu certo.
Agora, com um novo ano cada vez mais perto começo a sentir borboletas no estômago, sentir leves calafrios e leves felicidades (por mais que não saiba o que isso significa). Pareço sorrir do que não tem graça, sorrir apenas, sorrir. E como Clarice disse: “Não esquecer que por enquanto é tempo de morangos. Sim.” E vamos ao início que parece ser o final, chegar ao meio que é o meio mesmo e reconhecer-se no “gran finale” que parece mesmo o início. Tudo começa com o começo, o descomeço, o começo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Como dizia Rousseau...

O homem nasce livre, vive toda a sua vida se prendendo a paradigmas e regras e acaba por morrer preso. Ao longo de todos esses anos de pesquisas acerca da acomodação humana é possível perceber um comportamento comum nos dias atuais, a dificuldade de quebrarem-se amarras e correntes, feitas pelo motivo da não mudança.
A rotina é algo que está sendo sempre contestada. O grande problema é que pouca coisa é feita para, por fim derrubá-la. O caráter contraditório do ser humano não o leva a redescobrir e a refazer, e sim a repensar, o certo é que a ação deve estar mais presente do que as palavras. O medo de sair do certo conforto ofertado pelo comodismo, leva ao não cumprimento de metas, exigidas pelos mesmos. A construção da dignidade humana é baseada no trabalho duro, e partindo dessa idéia há uma necessidade de que o homem liberte-se dos seus cárceres e medos e repensem certezas para que haja a promoção das rupturas, assim conseguindo questionar e agir, para mais na frente abraçar o novo.
Um anônimo citou uma vez: ”Não é o que você faz, meu bem, é o que deixa de fazer que dá um leve pesar no final do dia”. Nunca houve melhor época para romper barreiras. O caldeirão de idéias demonstra que o mais difícil seja acostumar-se com as mudanças, mas o costume já é identidade humana, então só falta o primeiro passo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

E a felicidade, em?

Queria saber... O que vem depois que se é feliz, será existe alguma outra coisa? Mas quando é que agente sabe que chegou ao ápice da felicidade? Sabe, tudo isso é muito surreal porque é sentimento e sentimentos são basicamente como quebras cabeças sem resolução, faltando peças. Por isso não levo muito a sério isso de ser ou estar feliz. A inquietude não nos deixa felizes e sim realizados por alguns instantes, é como uma onda de éter, que invade sorrateiramente e saí sem avisar nem explicar absolutamente nada. Eu já parei pra pensar tantas vezes a respeito de tristeza, felicidade, amor, ódio... E nunca entendi o porquê isso faz com que estejamos no alto de um prédio quase tocando as nuvens e no momento seguinte despencando em queda livre. Por outro lado eu pretendo não querer descobrir, o sentido dessa procura deve estar certamente na impossível descoberta. E se você quer saber de verdade mesmo eu não vou prestar atenção nem me apegar a detalhes quando me bater com a tal da felicidade ou quaisquer outros paradigmas sentimentais, ou ainda mais, eu nem quero saber quem é ou o que ele quer. Esse lance todo de prender - se a significados perde todo o sentido quando muda de pessoa pra pessoa. Então o que serve pra você definitivamente não serve pra mim. Os conceitos são diferentes e infelizmente ou felizmente todos errados, a beleza está aí, na diferença. A felicidade é apenas um estado de espírito, passageiro por sinal.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Eu não sei se você me conhece bem, porque não parece se importar com o que necessito. Eu tentei te colocar no colo pra te contar isso, diversas vezes pra ser mais exata, mas você pareceu novamente não me ouvir. Eu precisava justamente da avidez das suas palavras por mais duras e cruéis que fossem, iria aceitar porque eram as suas palavras. Agora eu olho pra o magnânimo infinito inexistente e procuro encontrar outros eus dentro de mim. Não por você, porque depois de tudo o que passei acredito que não queira mais ter de me entregar assim. Descobri tantas coisas boas e ruins ao meu respeito que diante de milhares experiências errantes eu fico feliz em perceber que o que muda é só o tempo. Eu continuo me entregando quando admiro, abraçando quando confio, aconselhando quando acredito e chorando quando emociono. Talvez meu insensato desejo de ter alguém do meu lado para me ouvir nas minhas insônias, pra me abraçar nos meus devaneios, me aconselhar quando estiver em plena contradição e para me contar coisas suas acabou afastando-se do plano real. O que eu achava possuir se tornou ausente como no dia em que esperei você para me abraçar, e você simplesmente não veio. Por alguns instantes tive ideia de que você estivesse esquecido, porque você sempre teve a mente inquieta e perturbada. Mas esse vazio transbordou e me fez perceber que eu estava rodeado de pessoas maravilhosas, que conseguiam saciar todos os meus desejos, daí eu vi que não mais precisava de você. E enfim, com os olhos abertos e a alma disposta a amadurecer, segui. Todo aquele desejo de outrora está desfalecido sobre aquela mesinha que ficava ao lado da nossa antiga cama, hoje eu estou encontrando sentido e moro naquela casinha que eu sempre quis e você me impediu de ter. Ela tem uma varanda de onde eu posso observar as folhas se arrepiarem quando batem leves brisas no fim da tarde, ouvir os pássaros conversarem sobre o tempo e tomar uma xícara de café, pra quando o sol cair eu entrar e começar a escrever novamente sobre tudo o que me faz bem. Até o orvalho caindo por sobre meus dedos me faz bem, uma coisa que parece tão simples tomou proporções infindáveis quando redescobri o amor. Só pelo lado literal da coisa, porque sei que na verdade eu não consegui descobri nada e que toda essa ideia que tenho é diferente da que você tem. Comprei um violão e aprendi a tocar o velho e bom blues que você despreza. Isso é bom também, e hoje eu me encontro absurdamente bem por fazer o que condiz à minha identidade, eu te desprezo agora baby, porque você é apenas o que os outros são.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Eu andei pensando muito a respeito de mim, de você, de nós. Sabe meu bem, eu nem queria me entregar, mas sem querer vacilei, me apaixonei e não dá pra voltar atrás, não encontro nada que me sirva de consolo. Músicas de amor só me afogam mais em mágoas, e quanto aos poemas? Faltam-me palavras pra explicar o quão tudo isso é de infindável valia. Na verdade não servem pra nada, a não ser para que as lamentações continuem fluindo. Eu preciso que a minha loucura seja perdoada, porque há tempos em que as pessoas adoecem, e há tempos em que a consciência está ausente... Metade de mim é amor, e a outra metade também. Quer sentimento mais altruísta que esse? O que eu preciso agora é de um cigarro e uma bebida. Nada pode superar o sentimento que tenho ao me embriagar. Sinto que estou livre de toda essa dor, de toda essa loucura. E se tiver de ser assim, se eu tiver que me drogar diariamente pra tentar te esquecer é isso que eu vou fazer. Mas acontece que lá no fundo algo me diz que não é assim, está tudo muito superficial. Mas eu acho que não esperaria outra coisa.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Guerras, guerras e mais guerras

Com tudo isso acontecendo tanto no país quanto no resto do mundo eu paro, penso e me pergunto: Existe lugar no mundo onde nunca houve guerra? Depois de muito pesquisar vi que só existem dois, o pólo sul e a Antártida e é porque lá não tem habitantes, ou seja, não precisa haver conflitos tanto étnicos quanto raciais ou sociais. Eu vejo que não é necessário haver guerra pra se entrar em consenso, porque se for assim o planeta vai ser dizimado aos poucos. As pessoas só vêem a guerra como saída para as coisas, e às vezes nem é saída, é entrada mesmo. Decidem entrar numa guerra para “ter com o que se preocupar”, e por mais que os governantes que nós escolhemos pra assumir tal posto digam que não é preciso se preocupar, nos preocupamos. Porque não é só a guerra em si, e sim tudo que a envolve. Pessoas, economia, violência gratuita. Agora mesmo a Coréia do Norte está aí querendo recomeçar um conflito antigo com a Coréia do Sul, e o que o país que se diz “mais poderoso” do mundo faz? Manda tropas, ué. Que mal tem nisso? Nada não é? A não ser os interesses por trás. Só econômicos e não sociais. Acha que porque faz parte da Otan, Nafta e etc etc tem que participar de tudo. Quando é que os EUA vai cair pra realidade e ver que só comandam ao que se refere à riqueza, e quanto não apenas a seus habitantes mas aos de qualquer outro país que venha de contra a seus ideais. Está na hora de crescer e perceber que o mundo não precisa apenas de dinheiro do capitalismo cruel, como precisa também do socialismo, para que todas as classes consigam conviver em paz. Sem guerras genocidas, e sim guerra de idéias, claro que não a ponto de chegarmos à outra guerra fria. E você se pergunta: Mas o Brasil tem fama de bom mediador na política externa, isso explica que nunca tivemos que entrar em conflitos. Mas você tem que lembrar que o Brasil já pegou em armas contra o Paraguai, num desses passados remotos. Não somos tão bons quanto pensávamos, não é? Fica frio que nós não somos da paz!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

À Renato Russo


O poeta nasceu, cresceu, e se tornou poeta. Começou a escrever e a abalar. Abalar aos que foram criticados pela audácia e aos que o ouviam pela coragem.O poeta era irreverente. O poeta era um poeta. Eternamente apaixonado por tudo aquilo que parecia merecer seu amor. O poeta ria para seus admiradores, mas seu íntimo chorava. Não era feliz, então escrevia e esquecia-se de seu eterno vazio. Certo dia, o poeta se viu numa estrada sem fim. Olhou para os lados, mas nada viu. Não havia ninguém. E o poeta fechou os olhos e sentiu uma paz incomparável, uma ternura misturada à uma angústia. Nunca havia se sentido assim. E quando os abriu, estava num lugar lindo, com flores belíssimas.De repente olhou para o chão e viu pessoas. Aquelas que sempre estavam ao seu lado. Ele riu, mas as pessoas choravam. O poeta havia morrido, mas para nós que ficamos aqui, não pode haver tristeza. Pois nós temos uma única certeza: “Poetas não morrem jamais!”

Manifesto da sociedade alternativa.




1 - O espaço é livre. Todos tem direito de ocupar seu espaço.
2 - O tempo é livre. Todos tem que viver em seu tempo, e fazer jus às promessas, esperanças e armadilhas.
3 - A colheita é livre. Todos tem direito de colher e se alimentar do trigo da criação.
4 - A semente é livre. Todos tem o direito de semear suas idéias sem qualquer coreção da INTELEGÊNCIA ou da BUROCRACIA.
5 - Não existe mais a classe dos artistas. Todos nós somos capazes de plantar e de colher. Todos nós vamos mostrar ao mundo a nossa capacidade de criação.
6 - Todos nós somos escritores, donas-de-casa, patrões e empregados, clandestinos e careta, sábios e loucos.
7 - E o grande milagre não será mais ser capaz de andar nas nuvens ou caminhar sobre as águas. O grande milagre será o fato de que todo dia, de manhã até a noite, seremos capazes de caminhar sobre a Terra.

"Porque nós somos capazes. Todos nós, todos nós somos capazes."

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Juro, juro que queria achar explicação pra todo esse desânimo inconstante. E eu sei, ele não vai acabar, vai continuar. Toda vez que eu me pergunto sinto meus olhos se enxerem de lágrimas, enxugo-os cheio de dor. Qualquer dia desses eu queria descobrir o porque as recordações tanto boas quanto ruins deixam marcas profundas e cruéis... Porque se você observar vai ver que o que era bom e acabou ficou com gosto de quero mais e isso é sim ruim. O bom seria não se despedir, prender isso dentro do coração. Porque o tempo, maldito tempo passa depressa, não espera agente parar pra pensar e conversar. Tem coisa pior do que se auto – flagelar, meu bem. A cabeça mexe mais que o coração, porque ele vai pela emoção, fina e desprevenida que não agüenta baque nenhum. Eu às vezes tenho o remorso de não ter tentado, mas o problema é que sempre tento. O superficial ta me matando, e eu ando tão vazia de tudo...

sábado, 6 de novembro de 2010

Período Interminável

A brisa vai tomando conta desta sala, eu sentada no chão, com meu copo de uísque barato e um cigarro na boca. Hora dou um gole na bebida e penso a respeito de não sei o quê. Deve ser porque não estou tão concentrada, acredito. E vou tentando ao poucos adentrar meus pensamentos, pra não causar alarde nem espanto. Outrora dou um trago no cigarro, só pra ver o brilho reacendendo-se quando ao mesmo tempo chegam as conclusões. A depressão, não sei, parece estar vindo gradativamente, corroendo a alma, preferiria que não fosse assim. “Preciso sair dessa” repito insistentemente. Mas me livrar do quê? Desses pensamentos insolúveis? Dá pra fugir da própria mente? O meu medo, se houver, é esse, não conseguir sair dessa fossa “desmotivacional”. Pego o telefone e procuro o número da felicidade, mas ela não tem e o seu endereço parece estar em constante mutação. Entorno toda a minha bebida e o cigarro inacabado vai pra o cinzeiro, pondo fim a essa onda de éter sentimental. Acredito que me encontro assim porque já amei muito um dia, e a entrega total ao amor causou a “desentrega” de mim mesma.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Lá fora o sol brilhando, o céu completamente limpo, sem nuvens. O inverno se foi, a primavera está aí e logo mais o verão, e eu aqui dentro desse quarto escuro escrevendo sobre sonhos, sonhos não sonhados, imaginados talvez. Uma dor aperta forte, mas é por pouco tempo, então eu olho pela janela, vejo como o dia está lindo e repito pra mim mesma: “Pra que se lamentar?” A minha mente às vezes parece um corpo material, de pele, osso e músculo querendo saltar pra fora, insinuando-se toda nua para quem quiser vê-la, não sabendo talvez que os sábios enxergam apenas o coração.

domingo, 31 de outubro de 2010

Existe sentido?

Tem uma frase que começa assim: "Ando meio fatigado de procuras inúteis..." Eu queria saber por que as coisas sempre aparecem pra nós quando estamos atrás de algum sentido. Qual o sentido? Na verdade eu ainda não descobri. Como disse ainda estou atrás dele, que parece estar sempre fugindo e não deixando rastros. Tô cansada de ouvir que a vida é assim mesmo, que tá tudo bom ou tudo bem... Eu queria mais, queria sentir alguma coisa inanimada. A vida é muito mais do que agente procura. Não adianta chorar, nem se espernear que a vida não vai te mostrar nada, às vezes mostra, mas ta aí o mal humano: Não se contentar com nada. Isso é até bom por um lado, porque faz você se tornar mais. Mudar às vezes, porque ninguém se contenta apenas com a delícia de estar feliz. Às vezes é necessário a tristeza, por mínima que seja pra a mente estar em equilíbrio. Também não se pode deixar que a brisa carregue você por um caminho contrário ao que você idealiza, porque se for assim as coisas iriam se tornar tão estranhas... Você sem controlar a sua vida, e a vida, cruel vida controlando você... Não sei se quero encontrar o sentido, não sei mesmo. Porque se isso vier a acontecer tudo vai perder a graça, a intensa procura pelo nada acaba, e aí a monotonia e a nostalgia corroem o coração, o maior motivo de toda a nossa jornada por aqui. Você encontra, a preguiça te domina e você pensa que não precisa de mais nada pra ser feliz, quando na verdade a felicidade está onde você menos espera, está onde na verdade não está. Pensa que está tudo sob controle, sob descontrole, as coisas só tem valor ou intensidade no que não dura, a felicidade não dura, meu bem. E que bom que isso acontece, não?

Um Beatle falou...

"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada 'dois em um', duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos buscar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém..."


* JHON LENNON

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Bem ou Mal?

Eu cá pensando comigo a respeito do meu futuro...
Parece que só escrevo isso aqui no blog, mas é que a preocupação está me corroendo por dentro. Sinceramente eu não queria estar passando por essa fase, e o que me conforta é o fato de que todo mundo passa, pelo menos por um segundo de toda a vida por isso. O que me rodeia no momento é a ideia de existir bem ou mal. São preocupações que não parecem preocupações de verdade, e eu estou entre a linha tênue do Bem x Mal. Vou explicar por que:

Não sei você, mas eu presto muita atenção nas trocas de identidade da vida e de todas as pessoas, consequentemente. Pessoas más não se tornam boas, entendem? Às vezes coisas boas saem delas, mas não significa que a sua essência, ou recheio como prefiram chamar fora mudada. Isso significa que, ninguém é bem ou mal suficientemente, existe todo aquele lance sim de lado bom ou ruim, por isso não acho uma boa partir da ideia de rótulo.

Então acredito que não podemos distinguir o Bem do Mal, quando vemos que a luz não existe sem a escuridão, e que mesmo a maldade não existe sem que exista a bondade, ou seja, não haveria equilíbrio. Ou tudo o que existe seria Mal ou tudo seria Bom.

Tem uma ideia de que o Mal se torna Bem e o Bem se torna Mal. Por quê? Vou explicar também...
Vocês devem conhecer o conceito do Yin e Yang, aquela bolazinha preta e branca que muita gente desenha, mas não sabe o real significado, ele representa o velho equilíbrio entre o tal bem e mal e comprova que as religiões puras se tornaram impuras e de dentro das religiões impuras pode sair algo puro. Daí você tira a conclusão de que nada é do jeito que agente pensa que é. Falta consenso entre ideias, e é exatamente isso que faz com que a monotonia não nos enterre vivos.

Platão disse uma vez: "O verdadeiro mundo das ideias puras e imutáveis é o do bem." Ou seja, o mundo é uma lugar muito contraditória e mutável... Ele não é tão bom quanto você pensa. Porque o que seria das luzes se não houvesse as trevas?

sábado, 23 de outubro de 2010

A minha vida até agora, com certeza, não foi nada incrível. Ao menos, a partir de hoje, não sei muito bem o porque... Eu me esforço, sabe. Se for agora ainda dá tempo, mesmo que não seja uma vida só de luz, linda e pura...

Eu gosto de viajar pra um lugar que ninguém conhece, num estado de espirito que eu posso chamar de meu e só eu tenho. Onde eu poderia cantar qualquer hora que eu quisesse e onde não existe coisas como o tempo, tão cruel diga-se de passagem. Onde eu não sinta dor, só calma e talvez um pouco de sanidade. Um lugar para se encontrar, para encontrar o verdadeiro significado da minha passagem por aqui. Pra que será mesmo, em?

Tudo que eu posso dizer é que minha vida é bastante monótona e ociosa, eu gosto de observar as poças recolherem a chuva. E tudo que posso fazer é apenas pôr um pouco de chá para dois, expressar meu ponto de vista, cantar algum manifesto e esperar que algum dia eu possa entender o porque das coisas. Mas isso não é sensato... (acredito que não).

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Verdades duras, mentiras cruéis
Faz tanto tempo que tento
Descobrir o delicado da vida
Parece ser tudo culpa dos cartéis

Eles que nos julgam
Por nosso gosto apurado
Por nosso estilo comunista
Anti-capitalista!
Por desejar igualdade
Que parece estar tão longe da realidade

Na plasmibiose do tempo
Encontro refúgio
Hipoteticamente diriam
Que eu tava maluco
Pouco m'importa na verdade
A falta de paciência
Basta apenas a total disponibilidade
Ou no que se acredita
Paz é que nem ódio
Vai ou fica

Sou inquieta, áspera e desesperançada
Como Clarice
Talvez creio no amor
Pode até ser na dor
E espero sinceramente que a chuva
Prometa não deixar vestígos.

domingo, 17 de outubro de 2010

Maldita futilidade

Tudo em um conjunto na vida, na real não deixa de ser fútil. O simples fato de te imporem a consumir ou jogar fora... Na verdade o querem é que você seja que nem aquele cara da novela ou te obrigam a escutar uma musica só porque está nas paradas de sucesso, por mais horrível que seja. Você tem que gostar de tudo que todo mundo gosta, você frequenta os mesmos lugares que a galera vai para paquerar, você até tenta, mas na maioria das vezes não leva nada. O mundo pra mim se resume aquela música de Cazuza: “Se você quer saber como eu me sinto, vá a um laboratório ou a um labirinto... Somos todos cobais de Deus.” Ou seja, somos os ratos, e temos de obedecer aos comandos do mestre que sabe-se lá quem é. Mas a única diferença do laboratório é que o rato de verdade aprende com seus erros, já nós não. A vida humana é um tremendo quebra pau, pode acreditar. O principal motivo? Não deixa de ser a maldita inclusão digital.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

As verdades sobre o amor:




01 - O amor não te faz arder em chamas, o nome disso é combustão instantânea.
02 - O amor não te deixa completamente feliz, o nome disso é canabis sativa.
03 - O amor não te faz perder a articulação das palavras de repente, o nome disso é AVC.
04 - O amor não te pega desprevenido e te impulsiona para frente, o nome disso é topada.
05 - O amor não retribui suas declarações, o nome disso é restituição de imposto de renda.
06 - O amor não te deixa à mercê da vontade alheia, isso se chama Boa Noite Cinderela.
07 - O amor não tira suas defesas, o nome disso é HIV.
08 - O amor não te deixa temporariamente cego, o nome disso é spray de pimenta.
09 - O amor não te faz ficar simpático e amoroso de repente, o nome disso é Natal.
10 - O amor não te faz acreditar em falsas promessas, o nome disso é campanha eleitoral.
11 - Decepções são diárias, e quando amorosas horárias.
12 - O amor é mesmo psicodélico, nostálgico e ocioso.
13 - Não é o que você pensa que é.
14 - Não enche barriga, literalmente.
15 - Não há como fingir amor.
16 - É dor que desatina e dói.
17 - É um contentamento muito descontente.
18 - É um estar preso por loucura.
19 - É solitário
20 - E provavelmente vai te foder.

Invenções Malucas

Inventar é preciso. Sabemos que, ao longo da História, muitas invenções falharam para que uma resultasse. Sabemos também que muitas ideias boas não passaram das pranchetas de desenho, por falta de financiamento ou tecnologia apropriada. Mas as invenções que tem aqui hoje não são as que têm origem em ideias geniais de mentes brilhantes de sábios desafortunados. São aquelas idiotas, verdadeiramente idiotas, que damos graças a Deus por nunca terem sido construídas... O século XX está cheio destes exemplos patéticos. A revista LIFE dedicou um número a estas infelizes invenções algumas foram selecionadas. As mais estúpidas entre as estúpidas, como este dispositivo de 1955 para fumar um maço de cigarros inteiro ao mesmo tempo...




A metralhadora para disparar nas curvas, inventada em 1953, deixa-nos verdadeiramente perplexos quando ao seu funcionamento, não só porque se dispara às cegas, como também pelo efeito que pode provocar o projétil num cano curvo. Ignoramos se alguma vez foi testada. Ideal para dar tiros no pé.




O Cat-Mew, um invento de 1963, é o primeiro dispositivo para afastar rato verdadeiramente amigo dos animais. Contrariamente às outras armadilhas, não captura ou mata os pequenos roedores. Ao invés, produz de 5 em 5 segundos um som que imita o miar do gato com o fim de meter medo aos ratinhos. Funciona com duas pilhas que alimentam um pequeno motor. Made in Japan, é claro.





Em 1966 a televisão era ainda novidade em muitos países do mundo e exercia uma fascinação sem limites. Não admira, por isso, que este inventor britânico, Clive Sinclair, tenha construído um aparelho miniatura para poder seguir as emissões televisivas a todo o momento. Repare-se no ar orgulhoso do inventor, e sobretudo na espessura das lentes dos seus óculos...




Fonte, e mais invenções malucas em:
http://obviousmag.org/archives/2009/10/invencoes_idiotas_seculo_xx.html

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Reta final mesmo?

Sabe aquele gostinho de dever cumprido? Pois é o que estou sentindo agora, nessa como posso dizer “reta final escolar”... Dá um alívio, e por outro lado uma tristeza saber que a convivência que você teve durante anos e anos vai ser de alguma forma jogada pela janela ou esquecida, porque depois do fim nada volta a ser como antes. Eu penso em como lutei e estudei pra chegar até aqui, até a formatura e fico feliz por ter aquele mesmo gosto de trabalho feito. Agora cada qual vai seguir seu caminho, e quanto a mim que não tenho nenhum, mesmo quando tive tanto tempo pra decidir o que realmente era pra mim, só que fui deixando pra depois, até que cheguei, e faltando pouco mais de um mês para o “grand finale” os planos foram mudados abruptamente, é estranho quando se pensa que as decisões são pra sempre, não? Eu já sabia que não era assim, mas não queria que fosse justo em relação a isso, é humano eu sei, de novo. Mas que droga, ser humano é um ser estranho mesmo, nunca está contente com nada, sempre está atrás de sarna pra se coçar. Cada dia está passando mais devagar agora, parecendo não querer terminar logo, o calor abafante do sertão ajuda o tempo a ser mais cruel, só que de lembrar que o ano foi o menos ruim já dá alegria. Tem quem diga que a época da escola é a melhor, e eu tô começando a acreditar nisso, ainda mais agora no final de tudo, porque conselho mesmo é uma forma de nostalgia não é verdade? Eu acho que confio um pouco nessa história de que o melhor vem depois, até mesmo pra me agarrar a essa vasta idéia de paraíso que tenho do mundo lá de fora. Até porque se não for assim vai me falta coragem pra seguir mudando, já que esse é o combustível da alma.

domingo, 3 de outubro de 2010

Eleições, pra que te quero?

Eu ainda estou aqui pensando no que fazer com os meus votos para deputado estadual quanto federal, passei os últimos sete meses ouvindo aquelas musiquinhas pegajosas e não vou negar, aprendi a cantá-las de cor de salteado. O problema disso tudo é que eu não ouvi proposta alguma para o bem da minha comunidade, cidade pequena sabe como é né. Metade da população apoiando um candidato e a outra metade outro. Tenho amigos dos dois lados e me sentia no meio de um fogo cruzado com os bombardeios que uns soltavam contra os outros. Política tem que ser sinônimo de baixaria? Pelo menos no interior é assim, interior nordestino, diga-se de passagem. Não é fácil ter idéias próprias num lugar em que todos são umas “Marias vai com as outras”, ontem mesmo uma pessoa deixou de falar comigo porque eu disse que não ia votar no candidato que ela está apoiando, isso é justo? O que eu gosto é de não ter cabeça fraca, tenho minhas opiniões e conceitos, por isso sou tida como louca. Mas que importa? Na real só os loucos sobrevivem, não é verdade? Hoje eu quero sim decidir o futuro da nação, mas quero fazer isso com minhas próprias pernas, ou dedos, tanto faz. E ouvir aquele barulho que a urna faz quando agente aperta confirma, que reacende um desejo de mudança quase insaciável. Ainda bem que chegou a hora, eu me sinto uma cidadã completa. E olha que interessante, eu não sou obrigada a votar, mas quero fazer isso só pra ter aquele gostinho que muita gente conhece, gosto de coisa nova, gosto de se sentir importante porque deu o seu primeiro passo para um futuro remoto, que pode ser também o presente.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A estranheza do mundo.

Outro dia eu estava me perguntando por que eu ainda me surpreendo com certas coisas. Acho que estou vislumbrada com um mundo tão cheio de paradigmas e fantasioso, e por alguns segundos me leva a uma profunda calmaria, mas os baques da vida real são fortes e chacoalham pra valer. A minha ingenuidade de certa forma me impede de enxergar que nada é da maneira que eu penso, e que estão bem distantes de ser.Em alguns instantes eu noto uma enorme solidão, na verdade eu acho que o mundo é um lugar solitário, então percebo que todos estão imunes de sentimentos bons. É estranho falar isso porque o mundo parece ser tão amável, quando na verdade não é. A superficialidade é a única coisa que realmente se destaca. Claro que o mundo não é só ruim, há também o lado bom, por menor que possa parecer. É necessário se preocupar não só com o bem - estar próprio, como também com o de todo mundo. Vivemos numa sociedade onde todos dependem dos outros, certo?

O medo do novo;

É interessante como toda primeira vez causa ansiedade e expectativa, seja na primeira vez que voce experimenta aquela comida de nome estranho, quando começa a ouvir mais um cantor que todos acham que é mais um drogado sem causa, ou até mesmo quando você conhece alguém e na primeira vez sabe que é especial. O sabor do novo é sempre mágico e indiscutível. Antes de experimentar você tinha aquele conceito prévio da coisa toda. Na questão das músicas é incrível quando você ouve alguma coisa sobre determinado cantor e segue a mesma linha de raciocínio, não que você não tenha princípios, mas é o que realmente acontece, e justamente pelo medo do novo. O medo de não gostar, de se machucar talvez, a questão é que riscos todo mundo corre, mas se não tentar provar nunca vai saber mesmo se é bom, “Quem não arrisca não petisca”, e o conhecimento novo colhido a cada descoberta é sempre um estímulo. Acredito que quando nos acostumamos com determinados comportamentos ficamos desistimulados a mudar, a tentar encontrar novas coisas, que podem até ser melhores, quem sabe. Isso é humano, o medo na verdade é humano, mas também é um descobridor, que seja dos sete mares até, o que ajuda muito é o querer descobrir, e é realmente contagiante descobrir as belezas da vida numa novidade.Claro que nem toda novidade é boa, mas quase sempre é. Só quando nos importamos de verdade pra que seja de verdade.