domingo, 31 de julho de 2011

Tem horas que a gente se sente tão feliz que acha que é até pecado, ou que vai fazer mal. Porque felicidade demais é de se estranhar, pensa só que tem um campo todo florido e as pessoas passeiam por ele e de repente, um abismo e pensa também que eu estou usando essas analogias idiotas pra tentar explicar o que não tem explicação. Tem dias que a gente precisa de tudo e basta um sorriso, uma ligação pra esse tudo se reduzir e nada ser mais importante do que ter essa pessoa sempre com você. E você suporta tudo, suporta até que as pessoas lhe julguem e lhe escandalizem. A felicidade que percorre suas veias é tão mais prazerosa que você acaba por se acostumar. Você vê tanta gente sofrendo, tanta gente lutando por um lugar melhor e por igualdade e sempre levando tombo, vê a infelicidade estampada no rosto de milhares de pessoas por fome ou qualquer outra miséria terrível, você acredita que poderia até doar um pouco dessa sua felicidade mas sente também que essa felicidade só está bonita assim, completa. Não, não é egoísmo. É só o medo de que tudo evapore, e de que a sua vida volte a ser uma eterno bucolismo. E então você mergulha no que não conhece, e gosta até, e se apaixona. E acha que tudo está completamente fora do seu controle, que tudo está perdido. Mas súbita e consequentemente tudo está encontrado.

sábado, 30 de julho de 2011

E a ira volta a tona, irrelevantemente talvez porque poucas palavras não salvam e muito menos conscientizam as pessoas, é certo que ajuda, mas não completamente. O país, ainda que adentrando à melhores condições de vida abriga uma série de outras pessoas que vivem em absoluta miséria, e o discurso inspirador de que o nível social aumentou consideravelmente por sua vez não passa de mentira deslavada. A questão é que parar para observar parece tão irreal e cansativo que a primeira opção é deixar passar batido. As pessoas que produzem os alimentos dos poderosos não comem direito, as que produzem os calçados e roupas são tão má vestidas que as que pagam fortunas para usar tais roupas não querem se misturar. A injustiça imperando e a gente achando que está tudo bem, obrigada. E só porque conseguiu comprar o carro do ano, ou conseguiu ingressos pra uma festa que promete ser a festa. Quem acha que o país está caminhando pra uma economia brilhante se ilude tanto quanto uma formiga se afogando num copo d'água, achando que vai ser salva por uma alma caridosa. Os tempos são outros, as pessoas também. Mas continuar chutando pra debaixo do tapete os problemas visíveis está tão fora de cogitação no momento que a idéia é inútil. E não querendo falar ainda nos problemas invisíveis que assolam o território. É tudo tão injusto e insensato que o motivo de lutar contra a sujeira política aumenta cada vez que eu vejo que mais uma lavagem de dinheiro está sendo feita, que mais uma minoria está sendo sujeita a recolher seus interesses por medo de ser espancada por todo esse plano de país imperfeito. Há uma outra verdade, que é a de que nos anos políticos os humoristas param de fazer shows, eles não lucram muito porque tem um programa na televisão que passa de graça, o horário político. Nada é tão mais lógico nesse momento do que a vontade crescente de poder lutar contra essa censura que ainda que negada é existente e machuca e atropela os interesses do povo e impede o encontro de uma saída limpa e justa.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Não, eu não consigo parar de pensar em você. Tem alguma coisa me consumindo, me tirando a atenção e também a concentração. Não fui à análise ainda porque eu tô gostando de sentir isso, de ter alguém pra cuidar. Até que eu tento pensar em outras coisas, mas tenho que ouvir sua voz todo dia e falar umas besteiras até só pra ver você sorrir. O sol se põe, tenho uns vinhos no armário, começo a beber pra pensar mais em você e pra chorar por você, porque eu acho que chorar por quem a gente ama é tão mágico e faz com que a gente sinta que se importa muito mais, se é que isso é possível. Eu vou dormir e quando o sol está lá, querendo me chamar pra a vida eu estou no quarto não querendo ouvir o que essas pessoas tem pra me dizer. Quero ficar quietinha, lembrando do seu cheiro e das suas palavras. Por alguma razão muito louca o destino resolveu trazer você pra mim, e você não imagina o quanto eu sou grata a ele. Uma alma reconhece a outra de imediato, e eu reconheci você. Ultimamente é só sobre essa felicidade absurda que estou sentindo que consigo escrever. Quando o conhecimento voltar à tona talvez tente até escandalizar umas poucas bobagens que surtam efeito imediato nessas mentes bandidas.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Se saudade matasse, o meio copo de whisky que seguro agora cairia no chão, interminado. E o coração pararia de bater no próximo minuto. Logo eu que temo a morte, que temo que ela venha e me beije, secreta. É que ela é surpreendente, como um pesadelo no meio da noite ou um câncer que se espalha por todo o corpo. Ou até mesmo os átomos que não nascem nem morrem, só continuam estáveis, como se isso ajudasse ou salvasse. Ela pode me pegar qualquer dia, em qualquer esquina, apagar meu cigarro que acabei de acender e nem me perguntar como foi meu dia, se eu já terminei o que tinha começado ou se vou começar o que tinha pra fazer, pessoa de poucas palavras. Elegante, com vestidos longos, como se morrer fosse uma celebração. E talvez seja. Talvez seja a comemoração de uma chegada a lugar nenhum. Fogos, música alta e muitas ervas, como essas que uso hoje. Essas que meu pai deixou pra mim desde sempre, e que são proibidas por esses seres mais alienados que eu que querem dominar os menos favorecidos como eu, como se fossem donos ou deuses. Talvez a morte não seja uma má escolha pra quem não se excita mais com a vida. Talvez seja até melhor do que conviver com essa imoralidade e falsidade. Cigarros apagados, whiskys  interminados. Celebrarei a sociedade alternativa com Raul e vou dar adeus a essa torpe modernidade.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Eu, como feminista que sou apoio o veto às músicas de pagode baianas. Vamos ser coerentes, música não é feita dessa forma, desprezando principalmente o valor da mulher e das minorias, por conseguinte. O veto a esse tipo de composição não vai tirar o sustento de ninguém porque quem é artista sabe bem o que fazer, e não é com baixarias que se leva a vida. A liberdade de expressão que tanto defendo nesse fútil blog não inclui protestos que acabem por fazer os próprios ouvintes a menosprezar o valor feminino, e de alguma forma será. Eu defendo sim as minorias, joguem pedras, podem jogar. Elas não me machucam. Agora não venha pra cá defender esse tipo de composição. O blog é aberto sim a todo tipo de comentário, mas é claro que tudo tem sua exceção, e defender uma coisa errada não fará parte dessa exceção. A questão é outra, e por não ser discutida a fundo parece não ter muita importância. Aqui no Brasil as leis só são revistas quando acontece alguma coisa ruim que a justifique, e ninguém está mais preparado para que isso aconteça. A conscientização acarreta uma série de outros propósitos, que por fim levam a uma convivência melhor. Cultura sim, mas não cultura banal. Saudações polares aos revoltosos.

sábado, 2 de julho de 2011

Fanatismo religioso e bla bla bla

Hora de polemizar de novo, meus caros... Pra começar eu odeio religião, e se você acha que sou uma pecadora mortal não vou poder fazer muita coisa, até porque a hipocrisia não habita em mim. Tem muito tempo que venho querendo postar isso e vou desencadear uma serie de comentários contra essas religiões altruístas e dominadoras. Cresci na religião católica e sempre fui contra todos os seus dogmas, problema esse meu de nadar sempre contra a corrente. E aí, o negócio do fanatismo vem tomando proporções absurdas e me enojando cada vez mais. As informações são distorcidas desde a idade das trevas e Martinho Lutero que tinha que ser o percurssor de uma nova forma de crer acabou fugindo do plano original. Religião é coisa de humano, e humano pecador diga-se de passagem. Vamos ser menos fanáticos e mais críticos. Até onde uma religião pode impedir a felicidade de uma pessoa? E o direito de ir e vir? Brasil, estado laico, democrático e falso moralista. Aqui quem tem voz não tem direito, e vai haver sempre essas discurssões. Nada acontece exatamente do jeito que tem que acontecer porque os orgãos religiosos que por aí dominam não querem perder o direito da última palavra. Quanto as igrejas evangélicas eu não queria nem abrir a boca, afinal eu não vou xingar no meu blog. Mas acho que falar que eles roubam os fiéis não seria demais, verdade seja dita. Ceitas por aí que querem se desfazer das idéias originais da primeira religião, mas que na verdade só querem mentir do seu jeito. Crer em Deus não significa ter religião. Vamos crescer e aparecer que a hora de lutar por direitos é essa mesmo. A igreja não tem que impedir o que será bom para o estado brasileiro. A igualdade social quer chegar e fazer morada e as coisas não precisam ser tão complicadas. Estamos falando de direitos constitucionais, a respeito. E não de direitos católicos, evangélicos ou qualquer coisa que seja. Religião não merece muito respeito, até porque aqueles que a fazem não respeitam quem deveria ser respeitado E aquele lance de não tomar o que é do próximo é tudo balela de fanático religioso. Hipocrisia vem derrubando, e cuidado pra você não ser levado também.