terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Reiniciando o reiniciado

Agora que comecei a ver os enfeites de natal, paro pra pensar o que fiz desde o último. Mas são muitas coisas e algumas, não surpreendentemente desconexas.
Bom, pra começar eu fui pra escola viver um dos momentos mais felizes da minha vida, com pessoas que eu adoro. E foi muito bom aprender a ensiná-las coisas boas e ruins. Conheci e reconheci pessoas maravilhosas. Umas que nunca estiveram comigo, outras que se afastaram, mas voltaram assim nunca se afastando de modo real. Aprendi que a verdadeira essência nós carregamos e não é necessário ninguém para completá-la, ela não vem, nunca na verdade, vem pela metade. Quando agente está em companhia uns dos outros é só mais confortável (e põe confortável nisso). Fiz coisas que vinha imaginando fazer, aprendi palavras novas e posso até arriscar certo inglês ou italiano. Então descubro, ou melhor, percebo que a vida não só minha como a dos outros não tem ponto final, mas reticências. Garantindo assim que possamos deixar que os outros imaginem o resto, com ou sem piedade. O que prometi cumprir não foi cumprido, não por preguiça, ou talvez até mesmo por ela. Repensei ideias que estavam na linha tênue da sã consciência, pra não me aborrecer com o que a primeiro instante não deu certo.
Agora, com um novo ano cada vez mais perto começo a sentir borboletas no estômago, sentir leves calafrios e leves felicidades (por mais que não saiba o que isso significa). Pareço sorrir do que não tem graça, sorrir apenas, sorrir. E como Clarice disse: “Não esquecer que por enquanto é tempo de morangos. Sim.” E vamos ao início que parece ser o final, chegar ao meio que é o meio mesmo e reconhecer-se no “gran finale” que parece mesmo o início. Tudo começa com o começo, o descomeço, o começo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gorjetas