domingo, 31 de outubro de 2010

Existe sentido?

Tem uma frase que começa assim: "Ando meio fatigado de procuras inúteis..." Eu queria saber por que as coisas sempre aparecem pra nós quando estamos atrás de algum sentido. Qual o sentido? Na verdade eu ainda não descobri. Como disse ainda estou atrás dele, que parece estar sempre fugindo e não deixando rastros. Tô cansada de ouvir que a vida é assim mesmo, que tá tudo bom ou tudo bem... Eu queria mais, queria sentir alguma coisa inanimada. A vida é muito mais do que agente procura. Não adianta chorar, nem se espernear que a vida não vai te mostrar nada, às vezes mostra, mas ta aí o mal humano: Não se contentar com nada. Isso é até bom por um lado, porque faz você se tornar mais. Mudar às vezes, porque ninguém se contenta apenas com a delícia de estar feliz. Às vezes é necessário a tristeza, por mínima que seja pra a mente estar em equilíbrio. Também não se pode deixar que a brisa carregue você por um caminho contrário ao que você idealiza, porque se for assim as coisas iriam se tornar tão estranhas... Você sem controlar a sua vida, e a vida, cruel vida controlando você... Não sei se quero encontrar o sentido, não sei mesmo. Porque se isso vier a acontecer tudo vai perder a graça, a intensa procura pelo nada acaba, e aí a monotonia e a nostalgia corroem o coração, o maior motivo de toda a nossa jornada por aqui. Você encontra, a preguiça te domina e você pensa que não precisa de mais nada pra ser feliz, quando na verdade a felicidade está onde você menos espera, está onde na verdade não está. Pensa que está tudo sob controle, sob descontrole, as coisas só tem valor ou intensidade no que não dura, a felicidade não dura, meu bem. E que bom que isso acontece, não?

Um Beatle falou...

"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada 'dois em um', duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos buscar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém..."


* JHON LENNON

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Bem ou Mal?

Eu cá pensando comigo a respeito do meu futuro...
Parece que só escrevo isso aqui no blog, mas é que a preocupação está me corroendo por dentro. Sinceramente eu não queria estar passando por essa fase, e o que me conforta é o fato de que todo mundo passa, pelo menos por um segundo de toda a vida por isso. O que me rodeia no momento é a ideia de existir bem ou mal. São preocupações que não parecem preocupações de verdade, e eu estou entre a linha tênue do Bem x Mal. Vou explicar por que:

Não sei você, mas eu presto muita atenção nas trocas de identidade da vida e de todas as pessoas, consequentemente. Pessoas más não se tornam boas, entendem? Às vezes coisas boas saem delas, mas não significa que a sua essência, ou recheio como prefiram chamar fora mudada. Isso significa que, ninguém é bem ou mal suficientemente, existe todo aquele lance sim de lado bom ou ruim, por isso não acho uma boa partir da ideia de rótulo.

Então acredito que não podemos distinguir o Bem do Mal, quando vemos que a luz não existe sem a escuridão, e que mesmo a maldade não existe sem que exista a bondade, ou seja, não haveria equilíbrio. Ou tudo o que existe seria Mal ou tudo seria Bom.

Tem uma ideia de que o Mal se torna Bem e o Bem se torna Mal. Por quê? Vou explicar também...
Vocês devem conhecer o conceito do Yin e Yang, aquela bolazinha preta e branca que muita gente desenha, mas não sabe o real significado, ele representa o velho equilíbrio entre o tal bem e mal e comprova que as religiões puras se tornaram impuras e de dentro das religiões impuras pode sair algo puro. Daí você tira a conclusão de que nada é do jeito que agente pensa que é. Falta consenso entre ideias, e é exatamente isso que faz com que a monotonia não nos enterre vivos.

Platão disse uma vez: "O verdadeiro mundo das ideias puras e imutáveis é o do bem." Ou seja, o mundo é uma lugar muito contraditória e mutável... Ele não é tão bom quanto você pensa. Porque o que seria das luzes se não houvesse as trevas?

sábado, 23 de outubro de 2010

A minha vida até agora, com certeza, não foi nada incrível. Ao menos, a partir de hoje, não sei muito bem o porque... Eu me esforço, sabe. Se for agora ainda dá tempo, mesmo que não seja uma vida só de luz, linda e pura...

Eu gosto de viajar pra um lugar que ninguém conhece, num estado de espirito que eu posso chamar de meu e só eu tenho. Onde eu poderia cantar qualquer hora que eu quisesse e onde não existe coisas como o tempo, tão cruel diga-se de passagem. Onde eu não sinta dor, só calma e talvez um pouco de sanidade. Um lugar para se encontrar, para encontrar o verdadeiro significado da minha passagem por aqui. Pra que será mesmo, em?

Tudo que eu posso dizer é que minha vida é bastante monótona e ociosa, eu gosto de observar as poças recolherem a chuva. E tudo que posso fazer é apenas pôr um pouco de chá para dois, expressar meu ponto de vista, cantar algum manifesto e esperar que algum dia eu possa entender o porque das coisas. Mas isso não é sensato... (acredito que não).

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Verdades duras, mentiras cruéis
Faz tanto tempo que tento
Descobrir o delicado da vida
Parece ser tudo culpa dos cartéis

Eles que nos julgam
Por nosso gosto apurado
Por nosso estilo comunista
Anti-capitalista!
Por desejar igualdade
Que parece estar tão longe da realidade

Na plasmibiose do tempo
Encontro refúgio
Hipoteticamente diriam
Que eu tava maluco
Pouco m'importa na verdade
A falta de paciência
Basta apenas a total disponibilidade
Ou no que se acredita
Paz é que nem ódio
Vai ou fica

Sou inquieta, áspera e desesperançada
Como Clarice
Talvez creio no amor
Pode até ser na dor
E espero sinceramente que a chuva
Prometa não deixar vestígos.

domingo, 17 de outubro de 2010

Maldita futilidade

Tudo em um conjunto na vida, na real não deixa de ser fútil. O simples fato de te imporem a consumir ou jogar fora... Na verdade o querem é que você seja que nem aquele cara da novela ou te obrigam a escutar uma musica só porque está nas paradas de sucesso, por mais horrível que seja. Você tem que gostar de tudo que todo mundo gosta, você frequenta os mesmos lugares que a galera vai para paquerar, você até tenta, mas na maioria das vezes não leva nada. O mundo pra mim se resume aquela música de Cazuza: “Se você quer saber como eu me sinto, vá a um laboratório ou a um labirinto... Somos todos cobais de Deus.” Ou seja, somos os ratos, e temos de obedecer aos comandos do mestre que sabe-se lá quem é. Mas a única diferença do laboratório é que o rato de verdade aprende com seus erros, já nós não. A vida humana é um tremendo quebra pau, pode acreditar. O principal motivo? Não deixa de ser a maldita inclusão digital.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

As verdades sobre o amor:




01 - O amor não te faz arder em chamas, o nome disso é combustão instantânea.
02 - O amor não te deixa completamente feliz, o nome disso é canabis sativa.
03 - O amor não te faz perder a articulação das palavras de repente, o nome disso é AVC.
04 - O amor não te pega desprevenido e te impulsiona para frente, o nome disso é topada.
05 - O amor não retribui suas declarações, o nome disso é restituição de imposto de renda.
06 - O amor não te deixa à mercê da vontade alheia, isso se chama Boa Noite Cinderela.
07 - O amor não tira suas defesas, o nome disso é HIV.
08 - O amor não te deixa temporariamente cego, o nome disso é spray de pimenta.
09 - O amor não te faz ficar simpático e amoroso de repente, o nome disso é Natal.
10 - O amor não te faz acreditar em falsas promessas, o nome disso é campanha eleitoral.
11 - Decepções são diárias, e quando amorosas horárias.
12 - O amor é mesmo psicodélico, nostálgico e ocioso.
13 - Não é o que você pensa que é.
14 - Não enche barriga, literalmente.
15 - Não há como fingir amor.
16 - É dor que desatina e dói.
17 - É um contentamento muito descontente.
18 - É um estar preso por loucura.
19 - É solitário
20 - E provavelmente vai te foder.

Invenções Malucas

Inventar é preciso. Sabemos que, ao longo da História, muitas invenções falharam para que uma resultasse. Sabemos também que muitas ideias boas não passaram das pranchetas de desenho, por falta de financiamento ou tecnologia apropriada. Mas as invenções que tem aqui hoje não são as que têm origem em ideias geniais de mentes brilhantes de sábios desafortunados. São aquelas idiotas, verdadeiramente idiotas, que damos graças a Deus por nunca terem sido construídas... O século XX está cheio destes exemplos patéticos. A revista LIFE dedicou um número a estas infelizes invenções algumas foram selecionadas. As mais estúpidas entre as estúpidas, como este dispositivo de 1955 para fumar um maço de cigarros inteiro ao mesmo tempo...




A metralhadora para disparar nas curvas, inventada em 1953, deixa-nos verdadeiramente perplexos quando ao seu funcionamento, não só porque se dispara às cegas, como também pelo efeito que pode provocar o projétil num cano curvo. Ignoramos se alguma vez foi testada. Ideal para dar tiros no pé.




O Cat-Mew, um invento de 1963, é o primeiro dispositivo para afastar rato verdadeiramente amigo dos animais. Contrariamente às outras armadilhas, não captura ou mata os pequenos roedores. Ao invés, produz de 5 em 5 segundos um som que imita o miar do gato com o fim de meter medo aos ratinhos. Funciona com duas pilhas que alimentam um pequeno motor. Made in Japan, é claro.





Em 1966 a televisão era ainda novidade em muitos países do mundo e exercia uma fascinação sem limites. Não admira, por isso, que este inventor britânico, Clive Sinclair, tenha construído um aparelho miniatura para poder seguir as emissões televisivas a todo o momento. Repare-se no ar orgulhoso do inventor, e sobretudo na espessura das lentes dos seus óculos...




Fonte, e mais invenções malucas em:
http://obviousmag.org/archives/2009/10/invencoes_idiotas_seculo_xx.html

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Reta final mesmo?

Sabe aquele gostinho de dever cumprido? Pois é o que estou sentindo agora, nessa como posso dizer “reta final escolar”... Dá um alívio, e por outro lado uma tristeza saber que a convivência que você teve durante anos e anos vai ser de alguma forma jogada pela janela ou esquecida, porque depois do fim nada volta a ser como antes. Eu penso em como lutei e estudei pra chegar até aqui, até a formatura e fico feliz por ter aquele mesmo gosto de trabalho feito. Agora cada qual vai seguir seu caminho, e quanto a mim que não tenho nenhum, mesmo quando tive tanto tempo pra decidir o que realmente era pra mim, só que fui deixando pra depois, até que cheguei, e faltando pouco mais de um mês para o “grand finale” os planos foram mudados abruptamente, é estranho quando se pensa que as decisões são pra sempre, não? Eu já sabia que não era assim, mas não queria que fosse justo em relação a isso, é humano eu sei, de novo. Mas que droga, ser humano é um ser estranho mesmo, nunca está contente com nada, sempre está atrás de sarna pra se coçar. Cada dia está passando mais devagar agora, parecendo não querer terminar logo, o calor abafante do sertão ajuda o tempo a ser mais cruel, só que de lembrar que o ano foi o menos ruim já dá alegria. Tem quem diga que a época da escola é a melhor, e eu tô começando a acreditar nisso, ainda mais agora no final de tudo, porque conselho mesmo é uma forma de nostalgia não é verdade? Eu acho que confio um pouco nessa história de que o melhor vem depois, até mesmo pra me agarrar a essa vasta idéia de paraíso que tenho do mundo lá de fora. Até porque se não for assim vai me falta coragem pra seguir mudando, já que esse é o combustível da alma.

domingo, 3 de outubro de 2010

Eleições, pra que te quero?

Eu ainda estou aqui pensando no que fazer com os meus votos para deputado estadual quanto federal, passei os últimos sete meses ouvindo aquelas musiquinhas pegajosas e não vou negar, aprendi a cantá-las de cor de salteado. O problema disso tudo é que eu não ouvi proposta alguma para o bem da minha comunidade, cidade pequena sabe como é né. Metade da população apoiando um candidato e a outra metade outro. Tenho amigos dos dois lados e me sentia no meio de um fogo cruzado com os bombardeios que uns soltavam contra os outros. Política tem que ser sinônimo de baixaria? Pelo menos no interior é assim, interior nordestino, diga-se de passagem. Não é fácil ter idéias próprias num lugar em que todos são umas “Marias vai com as outras”, ontem mesmo uma pessoa deixou de falar comigo porque eu disse que não ia votar no candidato que ela está apoiando, isso é justo? O que eu gosto é de não ter cabeça fraca, tenho minhas opiniões e conceitos, por isso sou tida como louca. Mas que importa? Na real só os loucos sobrevivem, não é verdade? Hoje eu quero sim decidir o futuro da nação, mas quero fazer isso com minhas próprias pernas, ou dedos, tanto faz. E ouvir aquele barulho que a urna faz quando agente aperta confirma, que reacende um desejo de mudança quase insaciável. Ainda bem que chegou a hora, eu me sinto uma cidadã completa. E olha que interessante, eu não sou obrigada a votar, mas quero fazer isso só pra ter aquele gostinho que muita gente conhece, gosto de coisa nova, gosto de se sentir importante porque deu o seu primeiro passo para um futuro remoto, que pode ser também o presente.