domingo, 23 de janeiro de 2011

Passei esses dias tristes, sentindo falta de alguma coisa. Só que a solidão me devorava rapidamente, e me impedia de ter qualquer idéia vaga de presente, saudade... Chorei muito também, chorei sem parar, por algumas eternas horas, eu precisava jogar tudo fora, tudo o que me prendia e tudo o que era nocivo pra o meu coração. E consegui, lentamente. Agora, observo tudo de fora, não de longe, mas de fora... Como os filósofos fazem, são existencialistas e positivistas, aprendi a ser. Esses dias pra mim estão sendo apenas de aprendizado. Não estou mais triste, nem vazia, nem sozinha. Estou feliz, cheia de vida, joguei aquele velho sentimento angustiante pra trás e estou me esquecendo aos poucos. Porque a passos lentos e inspiradores, eu fui ser muito feliz e não quero mais voltar. O passado só nos remete a passado mesmo, a bucolismo e nostalgia e agora eu não estou nem um pouco afim de sentir isso, só quero aquele negocinho chamado FELICIDADE.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

- Você sente a minha falta?
- Não sei...
- Como não sabe? Ou você sente ou você não sente.
- Mas eu nunca minto pra você, nem agora. É porque eu não sei mesmo!
- Então isso significa que você não pensa mais em mim, ou que não me ama mais...
- Eu não falei isso, só disse que não sabia.

Ao longo desses anos eu sempre fui submissa a você, aceitava tudo o que dizia, e fui muito apaixonada. Mas esse momento que ficamos separados foi de grande valia, porque eu pude ver e rever conceitos. Eu ainda continuo te amando, mas não apaixonada como eu era. Não tenho coragem de abrir a boca pra falar que já era, que o que sentimos são cinzas agora. Eu não me imagino sem você, e penso que você também não se imagina sem mim. Nos apegamos à presença um do outro, às palavras também. Eu sinto que se te deixasse a minha vida acabaria nos próximos dez segundos, mas sinto também que se continuasse com você não suportaria te ver preso a mim, quero mais do que todo mundo a sua felicidade, e sinceramente, eu não sei se você seria feliz ao meu lado. Sabe aquele lance que falam que você está rodeado de pessoas, e ao mesmo tempo sozinho? Eu me sinto assim, no mesmo momento que me sinto flutuando me sinto caindo. Não queria ser bipolar assim, isso me faz sentir-se mal. E faz você pensar que eu sou uma pessoa totalmente imune a sentimentos. Mas vou falar pra você... Tudo isso é medo! Medo de tudo, medo de não sei o quê. De amar demais, de amar e não ser amada, medo de não ser entendida. Isso é uma coisa que eu não queria sentir também, mas agora, no momento, esse sentimento me salva, porque me faz parar, pensar... E não agir impulsivamente, como faço de costume.

- Você se sente segura?
- Quando estou com você sim.
- E quando não está?
- Me sinto também.
- Isso vai começar novamente...
- Entenda, quando você não está visivelmente comigo está dentro de mim.
E quando está ao meu lado, conversando comigo, está também.
... Você se faz presente em mim de toda e quaisquer formas, não importa como.
Eu só não sei se prefiro você perto ou longe de mim. Mas sabe de uma coisa, de verdade, mesmo? Eu quero deixar você sair e quero me livrar também.Os pedaços não vão colar. Não, eu não sou pessimista. Mas sabe quando você sente quando uma coisa não tem mais jeito? Pois é... Não tem mais jeito!

E deram fim a um começo. Sem ressentimentos. Tristes por estarem separados e felizes por estarem separados também. Às vezes é preciso não entender as coisas, só sentir mesmo. Sem culpa, sem culpa nenhuma.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Era uma sexta à tarde, a praia estava praticamente deserta e o sol sorrateiramente deixava os últimos raios perpetuarem sob a areia branca, então eles se olharam, pela primeira vez. Nesse momento, tudo mudou, eles se conheceram, juraram amor um ao outro. Não eternamente, porque o eterno não existe, mas juraram que seria verdadeiramente bom enquanto durasse, e que também enquanto durasse seria pra sempre. E durou, perpetuou... Só que teve um momento que as coisas deveriam ser deixadas pra trás. Como se fazem as mudanças no quarto, na casa, se faz na vida. E fizeram, e puseram um ponto final em tudo o que tinha vivido e juraram, pela última vez. O eterno foi o que durou, e durou, e foi bom, e foi pra sempre.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Pra molhar de alegria!

Acordei cedo hoje, os raios partiam a cortina fina e eu senti que era a hora de levantar. Quando abri a janela vi algumas poucas nuvens que pareciam prenunciar chuva, fiquei feliz, estava precisando. Esses últimos dias não foram fáceis, o clima abafante me impedia de pensar e também de agir. Então fiquei parada, tentando fazer algo que fizesse diferença, mas eram só tentativas mesmo. Estava tornando-me autodestrutiva esses dias, ou pelo menos tentando. A chuva que estava por vir tinha por missão lavar a minha alma, porque por mais que seja ano novo é muito difícil deixar pra trás sentimentos antigos. Mas entardeceu e ela não veio, mais uma vez eu fiquei esperando, esperando e esperando... Quer saber, depois de hoje eu não quero mais esperar, vou tentar por mim mesma, vai que eu seja mais forte. Não é verdade? Tem dias a gente se sente, um pouco talvez menos gente. Mais cedo eu estava assim, agora descobri que o mundo é oriental por ele mesmo, porque eu sou eu e licuri é coco pequeno.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Olhei para o lado, vi todo mundo falando de mim, eu acho, e me olhavam com desdém e parecia mesmo que eu tinha feito algo errado. Mas desde quando amar é errado? Por mais que eu não acredite nesse sentimento altruísta estava o beirando naquele momento. Eu sempre aprendi que tem que haver educação e respeito, meus pais, antes dos meus professores me ensinaram isso, mas agora eu não estou sendo respeitada. Não quero muito saber o porquê, pra mim tanto faz. É que eu aprendi a viver com esse incômodo, não que seja bom, mas é porque é uma coisa com a qual a gente acaba se acostumando, de uma forma ou de outra. Eu me sinto feliz e acho que essa vida coube somente a mim, se fosse a sua, com certeza estaria sendo mal vivida. Eu pensei que tinha que dar satisfação a sociedade, mas agente só dá satisfação a quem merece saber da gente, e o merecimento não faz parte da humanidade. Eu fui, sou e continuarei sendo feliz porque sei evidentemente da onde vim, pra quê eu vivo e procuro aonde vou.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Palavras, apenas.

Eu tenho palavras preferidas, uma para cada língua para ser mais exata e às vezes as pessoas perguntam o porquê de eu acreditar que essa palavra é a mais bonita. Já que tudo parte de seu ponto, a minha idéia é a de ter algum significado não só para mim, mas também para todas as pessoas que estão ao meu lado. Dentre tantas palavras Attraversiamo se destaca, e porque ela? Vamos lá...

Attraversiamo em italiano significa ‘Atravessar’, e é uma palavra que em todos os aspectos define a língua italiana como bem falada. O outro significado que pode e deve ser utilizado é o de que quando passamos por uma situação difícil, por mais sofrida e desgraçada que ela tenha sido, atravessar sempre será o caminho para nos transformarmos, de alguma forma as coisas mudam e nós também mudamos. A questão é que para que isso aconteça deve-se seguir adiante e é preciso "atravessar", passar por cima do que passou sem medo de des-amar, pois para des-amar é preciso confiar basicamente e unicamente em você.
"Se todo alguém que ama
Ama pra ser correspondido
Se todo alguém que eu amo
É como amar a lua inacessível
É que eu não amo ninguém
Não amo ninguém
Eu não amo ninguém, parece incrível
Não amo ninguém
E é só amor que eu respiro"

De Frejat, Ezequiel, Cazuza - Não amo ninguém.