Não
entendi o motivo de Rachel Sherazade declarar que nós éramos um Estado
Democrático de Direito, e que a permanência do Pastor Marco Feliciano na
CDHM nada mais era do que um ato baseado na democracia. Mas ela
esqueceu de comentar sobre a infelicidade do pastor em querer segregar
gente, em matar gente socialmente. Eu acho que um Estado Democrático de
Direito e Laico deve assegurar a todos a igualdade, seja racial, sexual
ou ideológica. E não é o que está acontecendo. A regressão está cada vez
mais explícita, como um condenado penalmente e preso em um regime
aberto, sem total vigilância do Estado que comete um grave crime, que no
caso em questão é viver a sua própria vida, e por esse motivo tem a sua
pena agravada. A sociedade deve se libertar do grilhões religiosos e
começar a se basear nos seus próprios ideais, as ideias tem que
corresponder aos fatos, como disse o poeta. O poder é do povo e para o
povo, tendo este todo o direito de exercer e destituir os seus
representantes do poder que lhes é dado em mandato eletivo. Eu não quero
mais acordar e me surpreender com dez anos de regressão em favor de um
de progressão. Não quero ser esquecida pelo Estado que tanto ajudo a
sobreviver e que tantas vezes semicerra os olhos para os problemas,
sejam eles de que natureza for. O verdadeiro poder de ser não está
somente no que já é, mas também no que pode ser. E juntos nós podemos
ser mais!