domingo, 27 de novembro de 2011

Hora de procurar alegrias


Quase que dezembro, domingo à noite e uma xícara de café frio e amargo. Fim de mês tão nostálgico e apaixonante esse e eu lembro que cerca de um ano atrás eu não tinha muito que fazer, nem o que escrever pra um blog que vivia carente de bons fluidos ideológicos, mas agora as coisas mudaram. As idéias não transbordam claro, mas agora eu sei que mesmo só escrevendo eu posso soltar alguma coisa que possa ser aproveitada. E esse último ano que foi lindo, que as revoluções por liberdade gritaram e que a primavera árabe floresceu realmente boas idéias, que todo mundo procurou um lugar só seu nesse mundo. E que mesmo eu não sabendo quem são as pessoas eu sei que elas existem, porque o simples fato de alguém se encaixar em algum lugar do mundo já faz uma diferença, uma diferença grande, e eu sinto. Sinto-me mais viva. E como boa feminista que sou, admirei também mulheres por elas mesmas, sendo quase ou totalmente independentes. Fiquei com vontade de me juntar aos excluídos, porque eu sou uma também. E me juntei, falei por eles, briguei por eles e por mim. Pensei que o mundo acabaria nesse último dia 11/11/11, mas pensei porque quis amenizar o sofrimento de uma parcela numerosa de pessoas e pensei que só a morte ou o findo seria a solução. Mas ele ainda está aqui, e eu com ele, mais viva do que nunca. Lutando ainda, exasperadamente por alguma coisa. Que pode e vai acontecer. Mesmo não se sabendo do que se trata, até porque todas as idéias podem ser esperadas e desesperadas. E findando e expulsando bucolismo e idéias de despedida, porque ainda não é hora de despedidas desejo como Caio Fernando uma fé enorme. E pra não fugir, uns bons drinques também. Dezembro é a hora do infinito e além.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Objeto natural de prazer


Engraçado como a gente se engana com os direitos do Estado que encarna o poder e se diz protetor e opressor. O que não só eu, mas grande parte da população observa é o não cumprimento dessa proteção e também dessa opressão. Ou seja, as leis muitas vezes não cumprem o que está sendo proposto. E a população acaba por fazer o errado porque sabe que não vai haver punição mesmo. E não, não são leis esdrúxulas, ou sem nenhum sentido, até porque se fossem não seriam leis. Mesmo assim, mesmo com todo o potencial que um magistrado jurista tem, essas leis acabam por não serem cumpridas. Então, a bola de neve vai se formando com mais intensidade, levando não só os culpados, mas também os que deveriam estar protegidos pra um caminho sem volta. Só que eu não acredito muito que as coisas possam mudar absurdamente, até porque costume é que nem material genético e se tirássemos o gene corrupção o estado fica deficiente. Objeto material é fruto do intelecto humano, e as leis, frutos desse mesmo intelecto, o angustiante é saber que a burrice é imperativa num país que deveria ser todos. Façamos sexo com ele, e proporcionemos orgasmos fatídicos pra ver se assim, depois de várias horas de prazer ele nos dê uma luz sobre o que pode ser feito, se é que alguma coisa pode ser feita.

domingo, 6 de novembro de 2011


E me dá uma vontade louca de sair por aí gritando seu nome, e deixando as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, mas sei que não devo. E é isso que dói, é isso e o fato de eu não poder ter você só pra mim. Só porque eu sou egoísta e não quero te ver aí, se divertindo sem eu estar do seu lado, sem eu estar em você do jeito que você está em mim. E ter que segurar o choro, os sentimentos sufoca. Dói tudo aqui dentro, e é uma dor de derrota. Como se alguma coisa que me fazia uma pessoa melhor estivesse desaparecido. E por mais que desse notícias, que dissesse  que as coisas não seriam boas, pelo menos por agora, pelo menos nesse momento tão conturbado de nossas histórias, mesmo assim eu não deixei de ficar triste. Sei que você, quando pensar em mim vai me mandar luz e paz. Só que eu não queria só isso. Como nunca quis só raspas e restos, e paz e muito menos luz. Eu só queria mesmo que você fosse minha, e que por mais que pessoas pudessem influir sobre nós não pudesse nos separar, e tornar as coisas tão difíceis, tão doloridas. Eu deixo você falar tudo, não te importuno porque sei que qualquer palavra ou gesto mesmo pode desconstruir o que mal começou a ser planejado. E por amor eu me omito, mesmo querendo dizer que eu sou completamente louca por você e querendo falar qualquer coisa só pra ter a sua atenção. E até suas palavras que quase sempre são de despedidas, são de fugas que você tem de mim.