domingo, 8 de abril de 2012

você gosta
se sente bem
e as coisas vão
tomando um caminho
que é bom, que conforta
e aí, você fecha os olhos e só
e vai mergulhando e sentindo um
friozinho aqui, um calorzinho acolá
ninguém sabe quando e como vai sentir
porque gostar de alguem tem dessas coisas
gostar de alguém é você saber que gosta, mas
não sabe como nem porquê.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O que é ser e não ser político?!

Ano político chegou, e pra uma cidade do interior da Bahia, um interior do nordeste, ao qual a seca assola e deixa em estado de emergência, isso é tão importante quanto o ar. E tem pessoas que irão dizer que não, que são apolíticas, mas sinto informar que o apolítico não existe, o que existe é o humano como animal político de Aristóteles, só que menos interessado nas discussões em torno da política, evidentemente.  A raiz do poder está incutida no ser desde o momento do seu nascimento, não se torna político, nasce-se.
Política, definindo-a, é o exercício de diversas formas de poder, demonstrando a complexidade da discussão, porque até então o “poder” é um termo indefinido que mais tarde será indefinível. O poder não pode ser observado só em termos teóricos e abstratos, é necessário que se manifeste para ser percebido. O que se sabe é ainda muito vago para explicitar o que são as decisões e os interesses manejados por esse tal poder. 
É uma conversa acerca de que mandar é também decidir e grande parte das decisões são proferidas em prol de toda a sociedade, e no caso da cidade do interior, que citei no início, as decisões são tomadas visando também e grande parte das vezes um grupo político isolado. Geralmente uma minoria comanda uma maioria, demonstrando também o centro dessa coisa. Mesmo dissecando o termo não se afirma nada, os consensos estão fora de órbita, só se organizam as ideias. A prática do poder é cercada de interesses que culminarão em decisões. Política é exercício contínuo e involuntário, não pode simplesmente não existir, porque é a estrutura, é o esqueleto da vida em sociedade. É na verdade um termo que foge a todas e quaisquer explicações. O poder é a veia aorta da política.
Os candidatos ao exercício do poder geralmente utilizam uma linguagem simples, que também contém toques de requinte, o que não tira o mérito de ser desnuda de complicações e situações difíceis. E a conversa é tão próxima que o eleitorado acostuma-se e começa a tentar aprender a manusear a ‘política-poder’, não só no sentindo literal ou abstrato, mas no sentido real, e não também de tão perto assim, não comandando, só decidindo. Porque decidir é exercer poder também.
De uma forma ou de outra estamos todos, inclusos num círculo vicioso, porque somos sociedade e sociedade democrática. Os que visam o poder utilizam-se do contexto social político e ironizam a política. E é imprescindível que toda a massa se manifeste, não só procurando apoiar esse ou aquele ou ainda mais aquele outro grupo político, mas procurando discutir o exercício do poder, que é centro, que define e que salva várias pessoas. A vida da política não é encurtada ao ser compartilhada.