sexta-feira, 9 de dezembro de 2011


Um campo, a noite. Pertinho do mar. Sem luz, sem aquecedor ou qualquer outra coisa que nos conecte com o resto do mundo. Só nós, pra nos aquecermos nos nossos abraços, observar as estrelas iluminando o seu rosto, só as estrelas. A lua vai estar coberta por nuvens, como se nos observasse de longe, não querendo atrapalhar essa onda boa que nos rodeia. Você sorri e o seu sorriso, do azul, do azul negro do céu será encontrado por mim, pelos meus olhos, que sempre procuram você. Um gramado verde musgo, denso, úmido do orvalho dessa noite quente de verão segura nossos corpos que estão felizes por estarem juntos. Bate uma brisa forte, como essas que o mar traz de vez em quando, e eu sinto o seu arrepio, que passa pra mim, porque agora existe nós. E é uma felicidade extrema que nem o sono insiste em perturbar, vai embora, passando, passarinho. E os primeiros raios de sol partem o céu, e o gramado e o lugar em que estamos nos espera. Pra mais um dia de sorrisos, de beijos e abraços. De amores. Passamos dias e mais dias assim, acordando com o sol, dormindo com os vagalumes que mesmo no claro não deixam de brilhar. É bom estar assim, feliz. É um frio que dá, uma coisa que dilacera, sabe. Como se quisesse machucar, mas não machuca, conforta. E outra coisa interessante é essa magia que dá no nosso olhar, uma explicação de que o que foi nosso será sempre e sempre só nosso. Uma flor nos seus cabelos, um sorriso estampado nos seus lábios, hora de sorrir pra a vida, de jogar flores pra Iemanjá, de receber todos os bons fluidos, de receber axé.

Um comentário:

  1. Nossa, Bruna! Foi vc mesma que escreveu isso? Que coisa mais linda! Meus parabéns! Bjos, Jully

    ResponderExcluir

Gorjetas