sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O amor é chuva

Se esconder do amor é que nem se esconder de chuva em baixo de uma marquise. Você até tenta não se molhar, mas é inevitável que alguns pingos de chuva te atinjam. Com o amor é parecido, você tenta se esquivar, se esconde de todas as formas, mas ele sempre vai alcançar você. A sensação de liberdade e de leveza que a chuva traz à alma deve ser a mesma sensação proporcionada pelo amor e, quando você for atingindo por quaisquer dos dois, não dá pra escolher, você precisa deixar-se contagiar, deixar molhar, se deixar amar e ser amado. Em tardes chuvosas. Beijos e abraços infinitos. Que os trovões se convertam em sorrisos e os raios sejam o brilho estampado nos olhos e no coração. O arco-íris representa toda a infinitude de sentimentos, o seu não-fim, o seu recomeço. Porque todo amor, assim como a chuva, recomeça. E se parecem muito mais com essas de verão, onde você nada espera, acha que o céu não está tão cinza e que está muito calor pra cair uns poucos pingos de chuva. Mas cai um pé d’agua sem fim e você é contagiado, o seu corpo, e pele, e músculos, transbordam. Você começa a amar. Do mesmo jeito que as ruas ficam alagadas, a sua alma também fica. De toda chuva nasce ou re-nasce um amor. Das infinitas possibilidades nasce ou re-nasce um amor. Porque antes de qualquer coisa, assim como a chuva o amor é renascimento. 

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