segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012


Para ler ouvindo Ainda Bem da Marisa Monte.

Uma pessoa: Por onde você andou?
Outra pessoa: P
rocurando outra namorada. Mas nem encontrei ninguém me quer.
Uma pessoa: É né... Continua procurando ai então.
Outra pessoa: Viu, me deseja boa sorte.
Uma pessoa: Boa sorte!
(momento angustiante de espera)

Outra pessoa: Achei uma aqui.
Uma pessoa: Te quis, essa dai?
Outra pessoa: Quis. Ela disse que agente se completa. Mas nem sei viu.
Uma pessoa: Não sabe por quê? Tá com medo?
Outra pessoa: Sei lá, um monte de coisa. Ela é muito fofa, e tem que ter um 
cuidado como se fosse um bebê pra não machucar. Você entende?
Uma pessoa: Entendo. Mas você só vai machucar se você quiser. 
As coisas podem ser bonitas também.
Outra pessoa: Às vezes machucamos sem querer.
Uma pessoa: É, tem isso também... Mas oh, vai sem medo porque se for pra 
ser bom vai ser. Você acha que vai?
Outra pessoa: Eu não tenho duvida.
Uma pessoa: É, a dúvida acabaria com tudo. Você a abraçaria e a beijaria agora?
Outra pessoa: Queria muito fazer isso.
Uma pessoa: Então vem.
Outra pessoa: Eu vou! 

As coisas só podem ser boas, e melhores tornam-se se você, às vezes assim, sentada,  
olhando pra o branco do gesso numa tarde especialmente quente esperando dele uma
luz, pensar nessa outra pessoa e sorrir. E pensar mais nela, e sempre mais. Isso 
significa que você se importa e que você sente que é real, que dá pra tocar e viver. 
É bonito, entende? É bonito e mágico. Por isso, penso e sorrio sempre. Até os
olhinhos ficarem marejados de felicidade, até o coração pedir pra parar um pouco
porque se não ele explode. Lei natural encontrar quem te faz feliz. Coisa boa a gente
vive. Hora de viver então.
 

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